A Banalização do Perdão e a Anistia
- frei Lorrane, ofm
- 16 de mar.
- 2 min de leitura

O perdão é essencial na vida cristã. Jesus nos ensinou a perdoar sempre (Mt 18,22), mostrando o amor e a misericórdia de Deus. Mas isso não significa que perdoar é o mesmo que deixar erros graves sem consequências. A anistia, muito falada na política, também não deve ser confundida com perdão. Muitas vezes, ela acaba protegendo pessoas que cometeram crimes e precisam ser responsabilizadas.
O perdão, segundo Jesus, exige arrependimento e mudança de vida. No encontro com a mulher adúltera (Jo 8,1-11), Ele a perdoa, mas também diz: "Vá e não peque mais". Ou seja, perdoar não é fingir que nada aconteceu, mas dar a oportunidade de mudar. Quando o perdão é usado sem compromisso com a verdade, ele perde seu sentido.
A anistia pode ser necessária em algumas situações, mas deve ser usada com cuidado. Muitas vezes, governos e autoridades a utilizam para livrar da justiça pessoas que cometeram crimes absurdos, como violações dos direitos humanos e contra a democracia. Isso é perigoso porque pode incentivar novos erros. A pensadora Hannah Arendt alertou sobre isso ao falar sobre a "banalidade do mal". Para ela, quando crimes são perdoados sem punição, a sociedade corre o risco de normalizar essas ações e enfraquecer a justiça e consequentemente a democracia.
Esse debate é muito atual quando pensamos na anistia aos golpistas de 8 de janeiro. Os atos de violência contra a democracia não podem ser ignorados em nome de uma suposta paz. O perdão cristão não é fechar os olhos para a justiça. Pelo contrário, como disse o profeta Amós: "Que o direito corra como a água e a justiça como um ribeiro perene" (Am 5,24). Jesus também não ignorava a justiça quando perdoava, mas esperava uma verdadeira transformação. Onde está essa transformação nos golpistas de 8 de janeiro? Pelo contrário, vemos que continuam tentando minar a democracia de diversas formas. Anistiá-los sem mudança real seria um erro grave.
Por isso, precisamos entender que perdão não é o mesmo que impunidade, e anistia não é sinônimo de justiça. O cristão deve buscar a paz e o diálogo, mas também defender que os erros sejam corrigidos de forma justa. Que possamos seguir os ensinamentos de Jesus, garantindo que o perdão leve à mudança verdadeira e que a anistia não seja usada para esconder a verdade.

O Brasil é o país da impunidade. Não temos mais nenhum tipo de segurança. Isso se deve em parte a esquerda, a quem o sr. representa de verdade (me desculpe, mas é impossível vê-lo como um religioso. O sr. usa o hábito de São Francisco para promover política e ideologia. Isso não tem nada a ver com a religião!), pois defende toda espécie de criminoso, deixando de lado as vítimas. No entanto, como toda regra tem exceção, quando ocorrem crimes de natureza política, eles devem ser punidos com o máximo rigor da lei. Quando alguém fala do 8 de janeiro, fala em golpe de Estado, terrorismo e crimes contra a democracia, o faz por uso político, pois se esquece do que aconteceu …
Irmão, acho que você está no lugar errado. Ser franciscano com essa sua mentalidade não combina. Acredito que você deva se converter ou deixar de usar o nome franciscano para não manchar o nome de uma ordem tão séria.
Cara, ridículo você comparar vândalos, baderneiros como golpistas. Que golpe de Estado alguém ia dar ali sem armas, sem apoio das Forças Armadas??? Aquelas pessoas teriam condições de sustentar um golpe no dia seguinte? A Polícia militar não ia tirar todo mundo de lá? Prender idosos, prender idosas com bíblia na mão, uma mulher com batom!!! Condenar pessoas a 17 anos de prisão você acha certo isso? O crime de estupro não passa de 10 anos. Você como todos que apoiam que essas pessoas fiquem presas tem o sangue do Clezão nas mãos. Que Deus tenha piedade e misericórdia de sua alma.